sábado, 4 de outubro de 2008

Fall and Rise

Quando olhei bem pros olhos meus
E aquele olhar de dor se fez presente
Dias e dias me vieram à tona
Tantos amores, tantos pesares
A vida como uma estrada longa, mas nunca longínqua
O passado nunca é tão distante que não se possa lembrar
Que não se possa sentir vivo
Na pele, na carne, queimando.
A existência dói, reabre velhas feridas
O ar sufoca, torna seco
As lágrimas molham o solo, mas nada brota
A fúria passa, a cólera se perde
Difusa, entre a inércia, o cansaço, o sono
E o nojo do próprio desespero.
Não, não é assim que as coisas deveriam retornar
Elas deveriam simplesmente se misturar à poeira
E serem levadas pelo vento.
O cansaço entorpece, engana os sentidos
A respiração enfraquece, morre-se um pouco
Um abraço, um beijo
Um raio de luz de olhos amados
Talvez só isso, só seu suspiro pra me devolver o controle
Pra me devolver o tato, sentir algo de bom.
Sei que nada será como antes amanhã
Eu sei que eu vou sobreviver
Eu sei que vai passar
Depois virão outros
Outros amores, outros pesares.
Vou buscar um mundo novo, vida nova
Abrir meu peito ao vento, me libertar
Do que me resta não são só sobras.
As diferenças não podem ser maiores que os afetos
A vida é maior que isso
A vida é maior que a gente.
É preciso enlouquecer, é preciso fazer escândalo
É preciso romper, romper sempre
Romper a aurora junto com o sol...
Porque amanhã vai ser outro dia.