terça-feira, 29 de julho de 2008

Aline 2.0





Sim, fiz vinte anos!



Vinte anos, pra mim é muito pouco dado as coisas que eu vivi.


Amores que se tornaram eternos; Paixões ardorosas, inesquecíveis; Amigos pra vida toda, irmãos. Gente, muita gente, que faz da vida uma coisa mais que maravilhosa, e de mim, uma pessoa completa.



Fiz festa, cortei bolo, fiz um pedido. Recebri abraços ternos, amor.



Hoje me sinto realizada. Presenteada pela vida com amigos e situações inesquecíveis.

A vida é uma festa!!!



Obrigada amigos, obrigada família, obrigada Deus!!!



A vida é bela!!!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Lupicínio

*Ao criador da dor de cotovelo.

Ó coração apaixonado
Tanta lamúria, tanto desespero
Misturados à lembrança
Das noites de frio, dos dias de sol
Ó peito iluminado
Pela chama que derrete o gelo
Que colore os olhos, marca de desprezo
Que no meu seio bate sem parar

Dor divinamnte clara
Sombra de ontem, um futuro que adormece
Nas escolhas que não fiz
Água serena e turva
Molha o rosto, a palma
Não consigo fugir

Mente, ó serena, ó doce senhora
De mim mesma, de tanto canto
Tanta beleza que esse vazio cria
Em que corre a vida pra me conformar
Chora baixo, me acalente
Os olhos não sabem o que vêem
Mas o coração sente
Esta tristeza, tanto sofrimento
O tormento que a solidão traz

Olha, sei que até a lua ás vezes me desmente
Quando sua luz
Nem fria, nem quente
Finge que é forte e nunca morrerá

segunda-feira, 14 de julho de 2008

MÁGICA


Uma vez o som do vento frio enquanto o dia clareia
Uma voz ecoa de dentro de mim
Um brilho-luz, a mágica
Da minha cabeça voam idéias
Me fazem sentir o mundo pulsante
Tudo junto no acaso, música se forma
Em forma de lágrimas a chuva cai

Como num toque de mágica
O mundo se colore
Ruas de preto e branco desabrocham feito orquídeas
Uma borboleta bate suas asas e o mundo muda
Um cálice de vinhos se quebra e nasce o sol

Uma vez o chão que se abriu
Diamantes expostos, abertos
Dissipam nuvens negras do céu
E na cidade gente brotando
Olhares brilhantes olhando
E a lua se esconde e as sombras todas morrem
O movimento cada vez mais veloz dos anos que um dia foram futuro
E que a realidade da vida distrói
Constrói

Como num toque de mágica
O mundo se colore
Ruas de preto e branco desabrocham feito orquídeas
Uma borboleta bate suas asas e o mundo muda
Um cálice de vinho se quebra e nasce o sol


quinta-feira, 3 de julho de 2008

Meu Mito Minotauro

Há muito tempo encontrei a saída do labirinto
Estive perdida por muitos anos
Sempre procurando a saída
Sempre farejando os pedaços de pão que deixei pelo caminho quando resolvi mergulhar no desconhecido
Procurava pelo minotauro
Em seus rastros encontrava perfumes, rosas, murchas, pedras brilhantes
A infinita curiosidade não me deixava andar em
linha
Em cada esquina descobria folhas novas
Novos ventos, novos pensamentos
A imaginação fluía em meu sonho desperto
A cada pegada de meu minotauro eu me apaixonava
Um ser estranho, mistério, um misto de monstro e mago
Por ele procurava carregando questionários
Por anos a fio fui desvendando a vida
O amor não tinha nome nem rosto
Era mito, era místico
Perdi-me muitas vezes por rotas já conhecidas
A vida é assim, a gente vive e ainda se surpreende nas ruas já caminhadas
Surpreende-se com o sol que é sempre o mesmo
Nas cartas do tarô o aviso da minha vitória
- sairia de meu labirinto –
Mas encontraria meu mito minotauro?
A roda da fortuna ameaçava girar e me derrubar
Mas não me apeguei a este detalhe
E ali na beira do abismo, já fora de meu labirinto, meus olhos me mostravam que as paredes outrora intransponíveis eram feitas de névoa
E que meu erro foi procurar um fim para o meu começo
Sentada no portão daquele labirinto insólito percebi os rastros de meu mistério tão amado, tão procurado
Saíra antes de mim? Estavas também perdido?
E numa poça d’água feita de uma chuva de lágrimas de anjos vejo minha face no reflexo ensolarado
E descubro que a bela não passava de fera
E desfeito seu castelo de confusões, de mistério
O mito caminha sem propósito nas ruas de São Paulo.
imagem: PICASSO, Pablo, Minotauro